calvície de causa genética é denominada de alopecia androgenética e foi considerada por muito tempo uma herança influenciada pelo sexo, uma vez que os genes se apresentam em cromossomos não sexuais (autossômicos). É muito importante notar que apesar de estar ligada a cromossomos autossômicos, sua expressão está relacionada com o sexo e, por isso, no homem apresenta-se com mais frequência.
As primeiras pesquisas sobre o assunto sugerem que enquanto no homem o gene apresenta-se como dominante, na mulher ele é considerado recessivo. Isso se deve ao fato de que ele se expressa melhor na presença de testosterona, um hormônio sexual masculino,por se comportar como dominante no homem, apenas um gene para a calvície é suficiente para manifestar essa característica. Já na mulher um gene não é suficiente para que ela seja calva, tendo que aparecer, nesse caso, em homozigose.
Observe abaixo os fenótipos e genótipos para a calvície segundo essa primeira teoria:
Observe como o genótipo se manifesta de maneira diferente em homens e mulheres
Observe como o genótipo se manifesta de maneira diferente em homens e mulheres
É muito importante destacar que apesar da ideia bastante difundida de a calvície ser determinada pelos mecanismos acima demonstrados, pesquisas recentes sugerem que a calvície é uma herança determinada por pelo menos mais de quatro genes (poligênica).Essas pesquisas sugerem ainda que existe uma relação forte entre a calvície masculina e uma variação na sequência de um gene no cromossomo X responsável pela produção de um receptor para um tipo de hormônio masculino. Sendo assim, é possível perceber que os padrões fisiológicos e genéticos envolvidos na calvície ainda apresentam mistérios que precisam ser desvendados.Alguns pontos, entretanto, parecem consenso. Existe um padrão para a perda de cabelo em homens e mulheres que possuem alopecia androgenética. Em homens, normalmente acomete primeiramente a região frontal (têmporas) e forma as famosas “entradas”. Após a perda nessa região, ocorre a diminuição de cabelo na região frontal e posterior, até que ocorra a total perda de cabelo ou este diminua significativamente. Já na mulher o padrão é um pouco distinto, podendo aparecer em diversas áreas, porém normalmente não acomete a região frontal nem sempre a perda de cabelo está associada com fatores genéticos, podendo ocorrer após um estresse muito grande, após o parto, em razão de tratamento para a cura do câncer, reações imunológicas, graças a alguns tipos de penteado, queimaduras e lesões, doenças da tireoide, falta de ferro e desnutrição.
Acredita-se que a calvície é determinada por uma grande quantidade de genes
Os tratamentos para calvície disponíveis nos dias de hoje baseiam-se na aplicação de apliques e enxertos, além das formas medicamentosas. Dentre os remédios que possuem seu efeito comprovado, podemos citar o minoxidil e a finasterida.O minoxidil é um medicamento que age na diminuição da queda de cabelo e no estímulo ao seu crescimento, devendo ser aplicado sobre a área calva. Após a parada do seu uso, o paciente volta ao estágio inicial e o processo de queda continua. Já a finasterida é um medicamento de uso oral que atua como um bloqueador hormonal que impede a transformação da testosterona em DHT. Assim como o minoxidil, deve ser utilizada constantemente. A finasterida apresenta efeitos colaterais, sendo os mais comuns a diminuição da libido e a disfunção erétil.O que temos hoje são medicamentos que não levam à cura da calvície e apenas minimizam os sintomas apresentados. Os tratamentos baseados nas técnicas de enxertos apresentam bons resultados, mas são métodos cirúrgicos e, por isso, possuem seus riscos. Sendo assim, não existe cura milagrosa para a calvície genética, sendo necessários estudos que realmente esclareçam a sua causa para que tratamentos eficazes sejam criados.
A calvície é uma herança poligênica que acomete mais homensResultado de imagem para calvície genética

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